"Não importa de modo algum o que está acontecendo. Siga fazendo a morte, o importante é a morte de segundo a segundo, continuem praticando a morte e o desdobramento astral e verão os resultados que irão ter." V.M. Rabolú
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
ROBÔ DA SONDA ROSETTA É "COMO COLOMBO CHEGANDO NA AMÉRICA" - NOVEMBRO DE 2014
Rosetta: segundo "pai" da sonda, missão "já cumpriu muitas coisas com as quais cientistas sonhavam
DA AFP
O módulo da sonda espacial europeia Rosetta, que pousou sobre um cometa nesta quarta-feira (12 de novembro), um feito inédito na História, terá um futuro incerto, mas já realizou o sonho de muitos cientistas, afirmou um dos responsáveis pela missão, Roger-Maurice Bonnet.
"É um pouco como Cristóvão Colombo chegando na América", declarou à AFP o cientista do centro de operações da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) de Darmstadt, na Alemanha.
"Não sabe se vai encontrar um desfiladeiro ou uma praia", prosseguiu.
O robô conseguiu efetuar o pouso e, embora seu mecanismo de atracação tenha falhado, está enviando dados coletados para a Terra.
"O que me parece mais extraordinário é o desafio técnico, é algo absolutamente assombroso", acrescentou.
Philae, o robô da sonda Rosetta, tenta "aportar um conhecimento maior sobre os elementos sólidos deste cometa", explicou Roger-Maurice Bonnet.
Segundo o "pai" da Rosetta, "a missão é quase perfeita" porque "já cumpriu muitas coisas com as quais os cientistas sonhavam".
Bonnet era diretor do programa científico da ESA há dois anos, quando a missão, que na ocasião não pretendia pousar em um cometa, foi aprovada pela organização espacial europeia em janeiro de 1985, em Roma.
"Foi ali que começou esta aventura", lembrou o astrofísico.
Trazer amostras para a Terra é caro demais
"Para mim, se trata da culminação de um programa de 20 anos. Já é um êxito impressionante porque ninguém teria imaginado que este cometa era tão espetacular, nem tão rico de informações", disse.
"Penso que esta missão foi otimizada e estou muito orgulhoso disso porque consegui que saísse dentro de um orçamento limitado. Isto obrigou as pessoas a otimizar seus objetivos científicos e simplificar suas experiências ou recorrer a tecnologias ou sistemas mais habilidosos".
"A princípio não gostaram, mas hoje todos admitem que lhes parece formidável", acrescentou Roger-Maurice Bonnet, diretor científico da ESA até 2001.
A princípio, a missão não foi chamada Rosetta e aspirava a trazer de volta à Terra amostras de restos de pó de cometa, como fez mais tarde a missão americana Stardust. Mas o plano para 20 anos tinha estabelecido limites orçamentários muito estritos.
"Rapidamente, nos demos conta que a missão de recuperação de amostras de cometa era cara demais", explicou Roger Bonnet.
"Era necessário um paraquedas, infraestrutura marinha para recuperar a amostra e construir um laboratório especial para analisá-la".
Ao invés de trazer amostras de volta para a Terra, decidiu-se enviar instrumentos ao espaço e fazer as análises "in situ".
Foi ali que nasceu a ideia de enviar um módulo capaz de pousar em um cometa.
No começo, havia dois projetos, um franco-americano e outro fundamentalmente alemão. Como os americanos desistiram, França e Alemanha somaram esforços para concretizar a ideia.
FONTE: EXAME.COM/TECNOLOGIA
MARCADORES: CIÊNCIA, ESPAÇO, ASTRONOMIA, SONDA ESPACIAL, COMETA
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